Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança inda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
E se torna, não tornam as idades.
Razão é já, ó anos, que vos vades,
Porque estes tão ligeiros que passais,
Nem todos pera um gosto são iguais,
Nem sempre são conformes as vontades.
Aquilo a que já quis é tão mudado,
Que quase é outra cousa, porque os dias
Têm o primeiro gosto já danado.
Esperanças de novas alegrias
Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,
Que do contentamento são espias.
Luís de Cãmoes
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ainda bem!
A substância e sua essência confusa. Ora quer aparecer e dominar, Muitas vezes se ocultar, disfarçar Convivência fácil. Ou dura. Mais fácil ...
-
No poema que se tem na sequência, verifica-se que o "eu-lírico" não deseja morte, pelo contrário, pois o que se nota é um forte de...
-
Eu sei que estou distante, Que muitas vezes estou ausente. Mas a todo instante Penso em você, constantemente. Eu sumo, desapareço, Não é que...
Nenhum comentário:
Postar um comentário